Muitas vezes lemos na mídia impressa, ou até mesmo vemos nos noticiários a divulgação de notícias que freqüentemente utilizem o termo "PROSTITUIÇÃO INFANTIL". Na verdade, segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, a palavra prostituição significa “comercio sexual profissional”, e certamente quando este termo é usado para tipificar práticas de abuso ou violência sexual contra crianças e/ou adolescentes podemos considerá-lo inadequado. Na verdade, tal termo nunca poderia se referir à infância ou a juventude, pois, a prostituição só existe quando se referir a indivíduos juridicamente capazes, consciente do que estão fazendo ao oferecer seus corpos em troca de dinheiro ou qualquer coisa, o que não acontece com crianças e adolescentes, pois, eles não usam seus corpos em troca de nada, na verdade, os abusadores é que usam os corpos destes numa prática deplorável que pode ser considerada inclusive patológica na maioria dos casos irreversível. Definitivamente não há prostituição infantil, o que há na verdade é abuso e/ou violência sexual contra crianças e/ou adolescentes. Ao nosso ver, este termo mascara um comportamento preconceituoso que vislumbra a culpabilidade dos incapazes psicologicamente, biologicamente e juridicamente. Usar o termo “prostituição infantil” é responsabilizar a criança e/ou adolescente pela prática, pois quem se prostitui o faz de forma consciente e neste caso se houvesse consciência o crime seria do incapaz, pois, quem se prostitui é quem seduz é quem oferece o corpo de forma consciente, o que na verdade não acontece com as milhares de crianças e adolescentes que tem suas purezas roubadas por criminosos que se aproveitam inclusive do afloramento dos fatores biológicos latentes na adolescência. Lamentavelmente, atualmente é cada vez mais freqüente a incidência de adolescentes que “namoram” com parceiros mais velhos. A forma precoce com que surge a adolescência vem sendo algo que espanta estudiosos da área, más, independente da repentina e aparente maturidade corporal, os fatores psicológicos referentes à maturidade ao nosso ver, não galgaram ainda o mesmo desenvolvimento. Em uma analise mais aprofundada poderemos observar que o que está havendo na verdade é uma reprodução do comportamento adulto cada vez mais cedo por parte das crianças e adolescentes. A liberdade demasiada, a ausência dos pais e principalmente a velocidade com que as informações se propagam nos nossos dias, são alguns dos fatores que revelam a ponta deste gigantesco iceberg. Finalmente, podemos concluir que, não importa a aparência de adulto que um adolescente tenha, ou até mesmo a precocidade que a criança apresente, sempre devemos notar que a criança deve viver a sua infância e o adolescente da mesma forma a sua puberdade, buscando sempre o distanciamento de comportamentos que possam acabar em uma prática de abuso e/ou violência sexual, pois, definitivamente não há prostituição infantil.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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